Rómulo de Carvalho
(1906 - 1997)
(1906 - 1997)
Breve Cronologia de Rómulo de Carvalho/ António Gedeão
1906 - Rómulo de Carvalho nasce a 24 de Novembro, na Rua Arco do Limoeiro, em Lisboa.
1931 - Licencia-se em Ciências Físico- Químicas pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
1932 - Conclui o curso de Ciências Pedagógicas na Faculdade de Letras do Porto.
1934 - Faz o Exame de Estado para o Magistério Liceal; inicia a sua actividade como professor no Liceu Camões, em Lisboa, carreira que prossegue no Liceu D. João III, em Coimbra e, posteriormente, no Liceu Pedro Nunes, em Lisboa, onde, a partir de 1958, foi professor metodólogo de Ciências Físico-Químicas.
1946- Co-director da "Gazeta de Física" da Faculdade de Ciências de Lisboa, cargo que exerceu até 1974.
1952 - Lançou a "História do Telefone", o primeiro de uma longa lista de livros didácticos, onde conta a história da fotografia, dos balões, da electricidade estática, do átomo, da radioactividade, dos isótopos e da energia nuclear, entre outras. No ano seguinte, sai o "Compêndio de Química para o 3º Ciclo".
1956 - Publicou o primeiro livro de poesia, "Movimento Perpétuo", sob o pseudónimo António Gedeão (A.G.), em Coimbra.
1959 - A.G. publica o poema "Declaração de Amor", na "Colóquio" de Novembro e Rómulo de Carvalho a "História da Fundação do Colégio Real dos Nobres em Lisboa 1765-1772".
1963 - A peça "RTX 78/24" é a primeira incursão de Gedeão no teatro. Mais tarde, escreveria "História Breve da Lua", para crianças.
1964 - A.G. publica "Poesias Completas", em Lisboa; assinalando o quarto centenário do nascimento de Galileu Galilei, escreve o "Poema para Galileu".
1965 - Co-director da revista pedagógica "Palestra", do Liceu Pedro Nunes, durante 8 anos; A.G. Assina o ensaio " O Sentimento Científico em Bocage".
1967 - A.G. lança "Linhas de Força", em Coimbra.
1973 - Co-autor do "Boletim do Ensino Secundário", do Ministério da Educação, até 1975; A.G. aventura-se na ficção com "A Poltrona e outras Novelas".
1974 - Reforma-se ao completar quatro décadas de ensino.
1979 - Publica em Lisboa "Relações entre Portugal e Rússia no Século XVIII".
1981 - Às obras de carácter histórico, acrescenta "A Actividade Pedagógica da Academia das Ciências de Lisboa nos séculos XVIII e XIX".
1982 - Conclui "A Física Experimental em Portugal no século XVIII".
1983 - Sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.
1985 - Publica "Poemas dos Textos" (A.G.), na "Colóquio Letras" nº88 e "A Astronomia em Portugal no século XVIII". Um ano depois, surgiria a "História do Ensino em Portugal, desde a Fundação da Nacionalidade até ao fim do Regime de Salazar- Caetano".
Pedra Filosofal
Eles não sabem que o sonho É uma constante da vida Tão concreta e definida Como outra coisa qualquer, Como esta pedra cinzenta Em que me sento e descanso, Como este ribeiro manso Em serenos sobressaltos, Como estes pinheiros altos Que em verde e oiro se agitam, Como estas aves que gritam Em bebedeiras de azul. Eles não sabem que o sonho É vinho, é espuma, é fermento, Bichinho álacre e sedento, De focinho pontiagudo, Que fossa através de tudo Num perpétuo movimento. Eles não sabem que o sonho É tela, é cor, é pincel, Base, fuste, capitel, Arco em ogiva, vitral, Pináculo de catedral, | Contraponto, sinfonia, Máscara grega, magia, Que é retorta de alquimista, Mapa do mundo distante, Rosa-dos-ventos, Infante, Caravela quinhentista, Que é Cabo da Boa Esperança, Ouro, canela, marfim, Florete de espadachim, bastidor, passo de dança, Columbina e Arlequim, Passarola voadora, Pára-raios, locomotiva, Barco de proa festiva, Alto-forno, geradora, Cisão do átomo, radar, Ultra-som, televisão, Desembarque em foguetão Na superfície lunar. Eles não sabem, nem sonham, Que o sonho comanda a vida. Que sempre que um homem sonha O mundo pula e avança Como bola colorida Entre as mãos de uma criança. António Gedeão Para veres o vídeo do poema, carrega no vídeo em baixo. |
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