Esc. Secundária da Póvoa de Lanhoso

Esc. Secundária da Póvoa de Lanhoso

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Poetas do Século XX


Rómulo de Carvalho
(1906 - 1997)

Breve Cronologia de Rómulo de Carvalho/ António Gedeão
1906 - Rómulo de Carvalho nasce a 24 de Novembro, na Rua Arco do Limoeiro, em Lisboa.
1931 - Licencia-se em Ciências Físico- Químicas pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
1932 - Conclui o curso de Ciências Pedagógicas na Faculdade de Letras do Porto.
1934 - Faz o Exame de Estado para o Magistério Liceal; inicia a sua actividade como professor no Liceu Camões, em Lisboa, carreira que prossegue no Liceu D. João III, em Coimbra e, posteriormente, no Liceu Pedro Nunes, em Lisboa, onde, a partir de 1958, foi professor metodólogo de Ciências Físico-Químicas.
1946- Co-director da "Gazeta de Física" da Faculdade de Ciências de Lisboa, cargo que exerceu até 1974.
1952 - Lançou a "História do Telefone", o primeiro de uma longa lista de livros didácticos, onde conta a história da fotografia, dos balões, da electricidade estática, do átomo, da radioactividade, dos isótopos e da energia nuclear, entre outras. No ano seguinte, sai o "Compêndio de Química para o 3º Ciclo".
1956 - Publicou o primeiro livro de poesia, "Movimento Perpétuo", sob o pseudónimo António Gedeão (A.G.), em Coimbra.
1958 - Novo livro de poesia, "Teatro do Mundo".
1959 - A.G. publica o poema "Declaração de Amor", na "Colóquio" de Novembro e Rómulo de Carvalho a "História da Fundação do Colégio Real dos Nobres em Lisboa 1765-1772".
1961 - Sai o terceiro livro de poemas de A.G., " Máquina de Fogo", em Coimbra.
1963 - A peça "RTX 78/24" é a primeira incursão de Gedeão no teatro. Mais tarde, escreveria "História Breve da Lua", para crianças.
1964 - A.G. publica "Poesias Completas", em Lisboa; assinalando o quarto centenário do nascimento de Galileu Galilei, escreve o "Poema para Galileu".
1965 - Co-director da revista pedagógica "Palestra", do Liceu Pedro Nunes, durante 8 anos; A.G. Assina o ensaio " O Sentimento Científico em Bocage".
1967 - A.G. lança "Linhas de Força", em Coimbra.
1968 - A.G. publica, em Lisboa, "Poesias Completas (1956-1967)", uma obra que chegou à 10ª edição.
1973 - Co-autor do "Boletim do Ensino Secundário", do Ministério da Educação, até 1975; A.G. aventura-se na ficção com "A Poltrona e outras Novelas".
1974 - Reforma-se ao completar quatro décadas de ensino.
1979 - Publica em Lisboa "Relações entre Portugal e Rússia no Século XVIII".
1980 - A.G. Publica "Soneto", na "Colóquio Letras" nº 55.
1981 - Às obras de carácter histórico, acrescenta "A Actividade Pedagógica da Academia das Ciências de Lisboa nos séculos XVIII e XIX".
1982 - Conclui "A Física Experimental em Portugal no século XVIII".
1983 - Sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.
1984 - A.G. Publica "Poemas Póstumos", em Lisboa.
1985 - Publica "Poemas dos Textos" (A.G.), na "Colóquio Letras" nº88 e "A Astronomia em Portugal no século XVIII". Um ano depois, surgiria a "História do Ensino em Portugal, desde a Fundação da Nacionalidade até ao fim do Regime de Salazar- Caetano".

                                    Pedra Filosofal


     Eles não sabem que o sonho
     É uma constante da vida
     Tão concreta e definida
     Como outra coisa qualquer,
     Como esta pedra cinzenta
     Em que me sento e descanso,
     Como este ribeiro manso
     Em serenos sobressaltos,
     Como estes pinheiros altos
     Que em verde e oiro se agitam,
     Como estas aves que gritam
     Em bebedeiras de azul.
     Eles não sabem que o sonho
     É vinho, é espuma, é fermento,
     Bichinho álacre e sedento,
     De focinho pontiagudo,
     Que fossa através de tudo
     Num perpétuo movimento.
     Eles não sabem que o sonho
     É tela, é cor, é pincel,
     Base, fuste, capitel,
     Arco em ogiva, vitral,
     Pináculo de catedral,
    

Contraponto, sinfonia,
Máscara grega, magia,
Que é retorta de alquimista,
Mapa do mundo distante,
Rosa-dos-ventos, Infante,
Caravela quinhentista,
Que é Cabo da Boa Esperança,
Ouro, canela, marfim,
Florete de espadachim, bastidor, passo de dança,
Columbina e Arlequim,
Passarola voadora,
Pára-raios, locomotiva,
Barco de proa festiva,
Alto-forno, geradora,
Cisão do átomo, radar,
Ultra-som, televisão,
Desembarque em foguetão
Na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
 Que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
O mundo pula e avança
Como bola colorida
Entre as mãos de uma criança.
                                                                      António Gedeão
             Para veres o vídeo do                               poema, carrega no vídeo em baixo.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Camões Lírico

         Introdução

          O trabalho que apresento a seguir é dirigido às minhas turmas de 10º Ano e com ele pretendo que os alunos façam uma pesquisa para reverem a biobibliografia de Camões.
            Esta pesquisa insere-se no âmbito do estudo de Camões lírico (Unidade 2- Textos do domínio autobiográfico e Camões lírico). Esta pesquisa servirá de introdução ao estudo da poesia camoniana.


Ficha de Trabalho

AVALIA OS TEUS CONHECIMENTOS RELATIVOS A LUÍS DE CAMÕES.

Depois de consultada a bibliografia mencionada em baixo resolve o teste seguinte, escolhendo as respostas que consideras correctas:
1. Camões parece descender de uma família:
a. com origem no norte de Portugal ou mesmo na Galiza, onde o sobrenome Camões era comum;
b. de Lisboa que tinha antepassados do Alentejo;
 2. Camões deve muito do seu infortúnio:
a. A amores impossíveis e não correspondidos;
b. A ambição do poder e ao desejo de ser rico;
c. À perseguição que lhe moveu o rei.
 3. A passagem do Poeta por Coimbra deve-se:
a. à sua matrícula na Universidade;
b. à entrega da sua educação a um tio, D. Bento Camões;
c. à mudança dos pais para essa cidade.
 4. Camões foi um escritor que se tornou conhecido sobretudo por:
a. Ter escrito dramas amorosos e satíricos;
b. Ter composto cantigas de amor e de escárnio;
c. Ter produzido textos de poesia lírica e uma epopeia.
 5. Nas suas viagens Camões esteve:
a. Na Índia, Macau, África do Norte, Moçambique e na região do «Corno de África».
b. Na Itália, no Japão, no Brasil, na China e na Índia.
c. Em Ceuta, Malaca, nos Açores, na Índia e na Nova Guiné.
 6. Camões viveu:
a. No século XV e foi contemporâneo de Gil Vicente.
b. No século XVI e, foi contemporâneo de António Ferreira.
c. No século XVII, e lutou contra os Castelhanos.
d. Viveu nos reinados de D. João III e D. Sebastião.
 7. A poesia de Camões pertence:
a. Ao período barroco;
b. À Época Medieval;
c. À poesia palaciana do Cancioneiro Geral;
d. Ao c1assicismo renascentista e maneirista.
 8. Camões escreveu versos:
a. na medida nova ;
b. na medida velha;
c. na medida nova e na medida velha.
 9. Indica quais de entre os seguintes temas os que foram tratados na lírica camoniana:
a. O amor platónico e espiritualizado;
b. A mudança e o desconcerto do mundo;
c. A natureza como quadro contrastivo do estado de alma do sujeito poético;
d. A mulher de beleza idealizada, segundo o modelo petrarquista;
e. A saudade;
f. As aventuras militares;
g. As viagens à volta do mundo;
h. O desespero perante a vida;
i. O lirismo bucólico e pastoril.
 10. Na poesia de Camões:
a. Não há influências da poesia trovadoresca;
b. Não há influência dos poetas renascentistas (Petrarca, Garcilaso, Tasso, Buscan);
c. Há marcas do lirismo trovadoresco e forte influência dos clássicos.
 11. Vilancete é o nome de:
a. Cantor de poemas próprios de vilões;
b. É uma composição poética curta que dominou a poesia palaciana do Cancioneiro Geral;
c. É uma composição da medida nova.
 12. Cantiga é uma composição poética:
a. Com grande número de estrofes;
b. Constituída por mote e voltas.
 13. O verso de redondilha maior:
a. É um verso de origem nobre e estrangeira;
b. É o verso mais usado pelo povo português e integra a medida velha.
c. O verso de redondilha maior apresenta seis sílabas métricas, e é por isso um hexassílabo;
d. O verso de redondilha maior apresenta sete sílabas métricas e é por isso um heptassílabo.


Nota: Para resolveres esta ficha, consulta as ligações disponibilizadas no blogue ou uma História da Literatura, um Dicionário de Literatura existentes na Biblioteca da Escola.